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Ser engenheiro no mundo 4.0

por Eng. Luiz Augusto Franzolin
Presidente da Assenag

Quem passou pela faculdade de engenharia já sabe, os dois primeiros anos são um teste de resiliência. Muitos desistem antes de terminar o semestre e para os que permanecem a jornada é árdua. Enfim, formados, novos desafios se apresentam na vida profissional e novas oportunidades se abrem. Engenheiros são requisitados em quase todos os campos da tecnologia por sua formação considerada básica para os aprendizados do mundo 4.0.

Alvin Toffler, escritor e futurista, antecipou os dias atuais com a frase: “Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não podem ler e escrever e sim aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender”. Ela se aplica a muitas profissões, mas para os engenheiros é ainda mais relevante diante das transformações que se apresentam, como criadores das inovações e sua implantação.

A formação  em engenharia é um alicerce de raciocínio e de lógica, considerada vantajosa para vários ambientes. Temos engenheiros à frente de grandes empresas e profissionais se destacando como empreendedores em startups. Essa projeção ocorre tanto pela formação, como pela capacidade de encontrar soluções. A participação efetiva nas transformações do presente e do futuro potencializa a profissão, oferecendo ainda mais relevância ao papel tradicional da engenharia de suprir as necessidades básicas do ser humano e da sociedade, como alimentação, moradia, saneamento, energia e mobilidade.

Não apenas porque a engenharia é base de novas tecnologias, mas porque os engenheiros estão envolvidos com seus o desdobramentos e evolução, o mundo valoriza cada vez mais as profissões STEM – Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Apesar da crescente importância dessas áreas, o Brasil está entre os países com menor percentual de graduados em STEM, segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Atrair bons estudantes para essas áreas é um dos caminhos para reforçar a economia do país. Cabe a nós incentivar os jovens nessa direção e pressionar governos para que todos recebam educação de qualidade para entrar e se formar em faculdades de engenharia. Realidade da qual estamos muito distantes. Enquanto isso, observamos em outras partes do mundo a evolução das Smart Cities, onde engenheiros estão envolvidos com tecnologias inovadoras. Ao mesmo tempo que elas transformam o cotidiano, também oferecem um ambiente mais interativo, onde causas emergentes se manifestam, como a questão da sustentabilidade. Em todos os campos a presença dos engenheiros se revela mais do que necessária.

Esse olhar ampliado sobre a profissão oferece uma ponta de orgulho para todos nós que um dia respondemos à pergunta “o que você vai ser quando crescer?” com a frase: “vou ser engenheiro”. Mas ela também confere a enorme responsabilidade de continuar aprendendo para promover inovação e  atuar com o cuidado que a vida humana requer. Afinal é apenas de vidas que estamos falando quando pensamos em engenharia.

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